quarta-feira, 30 de abril de 2008

Fé e Cura


Será que existe de fato uma fisiologia do otimismo, da paz, do amor e da alegria?Das milhares de pessoas que se recuperaram de doenças “incuráveis”, mais de 90% delas fala de uma mudança existencial, de uma mudança significativa em suas vidas antes da cura. Dizem ainda que, pela primeira vez, sentem-se realmente vivas. Não vêem sua doença como um castigo, mas como um novo começo. O estudo da vida dessas pessoas que chegaram à cura auto-induzida é um passo importante da tentativa, primeiro de verificar, e depois de identificar as conexões entre mente e corpo.

Nós, terapeutas, temos uma percepção muito maior dessas conexões do que os médicos. Os clínicos raramente conseguem ver as conexões pois, ao contrário do velho médico da família, não conhecem a vida de seus pacientes e não acham esse conhecimento relevante. Precisamos conhecer aqueles de quem cuidamos, como faziam os médicos das gerações anteriores. Devemos conhecer a pessoa, assim como a doença, e ter um interesse especial pelos que se curaram apesar de tudo. Não é apenas gente de sorte. Esforçaram-se para recuperar a saúde e temos muito a aprender com elas.

Quando há muita fé no valor de uma terapia, o poder da sugestão pode atuar, causando uma mudança fundamental no ambiente interno do corpo. Os sentimentos são químicos, e tanto podem matar como curar. Quanto mais descobrimos histórias sobre a unidade mente/corpo, tanto mais difícil se torna considerá-las em separado. O que está em sua mente está, literal ou “anatomicamente”, em seu corpo.

A ligação é feita pelas moléculas de peptídios, fabricadas pelo cérebro, e pelo sistema imunológico. Existem aproximadamente 60 tipos de moléculas de peptídios no corpo, inclusive algumas cujos nomes podem ser familiares para você, como endorfinas, interleucinas e interferon. Elas transformam os sentimentos em química e fazem a ligação entre psique e soma.

Atualmente, considera-se que as endorfinas, por exemplo, podem explicar o efeito placebo. Parece que a redução ou desaparecimento da dor relatados em tantos estudos podem ser explicados fisiologicamente pelo fato de as expectativas psicológicas positivas criadas pela administração do placebo levarem a um aumento da produção de endorfinas, que são analgésicas. Assim, o controle da dor está de fato “na mente”, porque é aqui que as endorfinas se encontram.

Paz de Espírito: comunicando-se com o Sistema de Cura...
Não devemos falar de um sistema nervoso central, de um sistema endócrino e de um sistema imunológico, e sim de um sistema de cura que constitui uma espécie de superinteligência em nós. Assim como este sistema de cura pode ser ativado por crenças positivas, as crenças autodestrutivas ou os padrões emocionais repressivos podem fazer o contrário.

Existem muitas formas de obter paz de espírito. Entre elas estão a sugestão hipnótica, técnicas de relaxamento, terapia floral, visualização, ioga e outros métodos de alteração da consciência. A eficácia desses métodos pode ser medida experimentalmente — as pessoas melhoram de fato quando os utilizam. Com os sofisticados instrumentos recém-criados na biologia molecular, alguns efeitos já podem ser medidos até em nível celular.

Embora o mecanismo exato da resposta de cura ainda esteja por ser elucidado, todas essas técnicas funcionam no sentido de criar a comunicação de uma unidade corpo/mente. Assim, o que normalmente consideramos funções corporais autômatas estão sob o controle de nossa mente.

Você pode usar técnicas de relaxamento para reduzir a pressão sanguínea, por exemplo, para diminuir o ritmo da respiração e das batidas cardíacas e amenizar a tensão muscular. Muitos estudos mostram que o relaxamento e técnicas afins podem ser úteis no combate aos efeitos negativos do estresse prolongado sobre os componentes do sistema imunológico. Um sistema imunológico desregulado pode afetar tudo, desde sua suscetibilidade a resfriados até sua capacidade de eliminar células cancerosas ou vírus da Aids, e também pode ser um fator da asma, das alergias, do diabetes, da esclerose múltipla, da artrite reumatóide, do lúpus e de outros distúrbios imunológicos onde o corpo ataca a si mesmo.

O relaxamento é tão naturalmente reconhecido como método eficaz que agora alguns hospitais já transmitem programas de relaxamento por meio do circuito fechado de televisão para o quarto dos pacientes. A lista de doenças alteradas positivamente pelo relaxamento encheria uma página inteira.

A psicoterapia, a cromoterapia e tantas outras técnicas que fazem emergir material emocional reprimido para a consciência também podem curar, tanto no plano psicológico quanto físico, ajudando-nos a adquirir paz de espírito. O que reitero muitas e muitas vezes é que, embora não haja dúvida de que o meio ambiente e os genes representam um papel significativo em nossa vulnerabilidade ao câncer e a outras doenças, o ambiente emocional que criamos em nosso corpo pode ativar mecanismos de destruição ou de recuperação.
Maribel Flores

domingo, 13 de abril de 2008

Com o que Sintonizamos?

Muitas vezes me pego refletindo sobre a diversidade das vidas, dos níveis de consciência, dos mundos, que convivem no mesmo tempo, no mesmo espaço, em torno de nós e dentro de nós... Uma bela sinfonia de sons, ritmos, silêncios, sendo tocada por mãos invisíveis, onde cada um de nós é apenas uma nota, afinada ou não, mas imprescindível para a beleza do todo!
Neste mesmo minuto que escrevo, quantos estão sorrindo, quantos estão chorando, quantos estão iniciando uma nova jornada no plano material, quantos estão se despedindo dele, quantos sonham com um mundo melhor, quantos chegam à conclusão de que não há saída para a humanidade? Um turbilhão de sentimentos, pensamentos, atitudes, se encontrando, se repelindo, se atraindo... assim é o viver!
Importa saber com que onda sintonizamos a cada passo, a cada instante, pois a depender da qualidade de energia que emitimos, sempre atraímos alguma força semelhante, que se junta à nossa e cresce... se expande... busca novas semelhanças e vai seguindo, criando estórias, acontecimentos, felizes ou não.
Esta consciência importa ter, porque passamos assim a nos responsabilizar mais, não só pelo que nos acontece, mas também pelo que vem a acontecer com o Todo, ou seja, com a raça humana de que fazemos parte.
Toda palavra produz um eco... que, como um seixo quando jogado na superfície de um lago, vai sempre ampliando seu limite de atuação. Cada sentimento nosso busca fazer parte de uma onda de emoções que está sempre disponível em torno de todos nós, no plano sutil. Esta atmosfera passa a nos envolver, a partir daquele instante e cabe a cada um de nós estar atento a isto, para continuar aí, ou buscar sintonizar uma outra freqüência.
E em nós, em nosso mundo interior, tão complexo, tão desconhecido ainda, será que essa mesma sinfonia não está sempre sendo composta? Com certeza, pois temos em nós facetas variadas, luzes, sombras, dualidades nem sempre compreendidas, que vão se exteriorizando e sendo reconhecidas, à medida que nos permitimos expressão. Daí a importância de buscarmos uma forma de comunicação com o nosso inconsciente - através da escrita, de uma forma artística qualquer de expressão, de criação, que canalize essas nossas energias internas e nos permita tomar consciência delas, reconhecê-las!
Temos também uma música interior! Modificamos ela, a todo instante, mesmo quando não sabemos disso. Fazemos também parte da música universal, mas escolhemos o ritmo em que preferimos nos inserir, a depender do que tocamos, do que escolhemos produzir, como instrumentos da Energia Divina que todos somos.
Esta imagem toda que me veio é tão bonita, alegre e vibrante! Um baile infinito, sons, muitos sons, alguns que nos agradam, outros não, mas que se modificam a cada segundo. O importante é que podemos escolher de que música participar e que podemos afinar o instrumento que somos para soar cada vez melhor, no nível em que nos encontremos.
Às vezes suave e doce, às vezes barulhenta e até ensurdecedora, a música Vida é uma só e fazemos parte dEla! Está aí a nossa pequenez e toda a nossa grandeza - somos notas de uma sinfonia infinita!
Por Maria Critina

Nas Mudanças, O Encontro

Nos momentos de grandes mudanças em nossas vidas, sentimos uma grande confusão de sentimentos e um mal-estar que nos faz pensar em fugir daquela situação, ocupando o nosso tempo o mais possível, com telefonemas, encontros, passeios, tudo o que for necessário e que nos leve a um amortecimento da sensação de insegurança que o momento nos traz!
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Perdemos alguma coisa e não sabemos ao certo o que nos acontecerá, para onde a vida está nos levando, o que devemos tentar conseguir, que caminho tomar. É claro que não é um momento nada confortável, pois sempre vem acompanhado de muito medo, este vilão terrível que nos consome a energia vital e nos afasta da Luz, colocando-nos numa situação extremamente desconfortável e quase que impotente, podendo nos adoecer, até.
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Se fugimos para fora de nós mesmos, achando que este é o caminho menos doloroso, deixamos de fazer contato com o que existe de mais precioso em nós, o nosso Espírito, nosso Eu Superior, Aquele que tem as respostas, que traz o remédio, que nos aviva a esperança e que nos mostra o caminho a seguir. É tão bom quando a gente O sente, esta presença amiga e forte, acolhedora, que não nos cobra nada, não espera nada de nós, não marca consulta, mas está sempre disponível, quando procurada.
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Tenho sentido a necessidade de promover este encontro mais e mais... a força e a segurança que passo a sentir, depois que me conecto com este meu centro de Luz são muito grandes! Um conforto imenso, uma serenidade que me apazigua e me preenche e tudo isto, em minha vida, tem se intensificado, principalmente, em fases de mudanças significativas, de perdas sofridas.
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Acho que todos nós conhecemos bem momentos como esses. Sabemos, também, que mal-estar enorme é este que sentimos, em seguida a eles. Que impulso grande nos faz procurar falar, contar nossos problemas, sair para preencher o tempo, ver televisão, ouvir rádio - enfim... fazer qualquer movimento que nos tire daquela sensação angustiante de insegurança e da falta de algo que já não é mais nosso, de uma vida que já mudou, de alguma coisa que já se foi... que talvez não fosse nem tão boa assim... mas que era conhecida, dava-nos uma sensação confortante de estar vivendo o conhecido. Agora, sem que quiséssemos, estamos nos vendo diante de um futuro incerto, tendo que andar sem saber direito para onde, o que vamos encontrar, se vamos estar bem logo adiante.
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Lá, no nosso íntimo, nos espera o Grande Amigo! Dêem a Ele o nome que quiserem, para mim Ele é a Luz que existe em cada um de nós, o Amor e a Vida. Pedindo ajuda para dentro, principalmente no silêncio, ela virá! Aparecerão sinais do que precisaremos fazer, amigos nos falarão de caminhos novos, sem que suspeitem da grande ajuda que nos estão dando, principalmente um sentimento de estar sendo atendido, de fazer parte de alguma coisa muito maior, de estar protegido, abraçado por um Amor imenso, certamente nos preencherá...
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E assim, após cada mudança significativa na vida de cada um de nós, podemos ser mais nós mesmos, ao voltarmos para o lugar de onde partimos um dia, reconhecendo mais claramente quem somos, do que precisamos, com o quê realmente contamos!Voltar-se para o próprio Eu é dar as costas à solidão, encontrando finalmente o verdadeiro Amor, que sempre esteve presente, no silêncio mais profundo de nosso coração.
Por Maria Cristina