segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Simplificando a Vida


A vida nos parece, na maior parte do tempo, uma sucessão de desafios, alguns deles intransponíveis. E temos, ainda, algumas vezes, a sensação de que quanto mais obstáculos superamos, mais surgem à nossa frente.

Entretanto, observamos pessoas para as quais a existência parece um eterno mar de calmaria. Elas estão sempre serenas, ainda que tenham, como a maioria de nós, problemas a enfrentar.

O que, sem dúvida, faz toda a diferença, é a atitude que assumem diante das dificuldades, sejam elas pequenas e rotineiras ou verdadeiramente desafiadoras.

A única forma de atingirmos tal equilíbrio e nos protegermos da angústia e da ansiedade em querer superar os obstáculos rapidamente, é relaxar e permitir que a própria vida nos traga aos poucos as respostas para nossos questionamentos.

Isto para alguns parece algo impossível, visto que a cada problema que surge, sentem-se como condenados, cuja vida depende de que encontrem, de imediato, uma solução para aquela questão.

Aprender a confiar na existência e em nosso guia interior, acreditando que ele, de algum modo, nos indicará o melhor caminho, é um aprendizado aparentemente difícil. Mas, quanto mais nos dedicarmos a esta prática, mais rapidamente descobriremos o poder que ela possui de nos ajudar a descobrir a fonte de sabedoria que existe em nós.
Por Elisabeth Cavalcante

sábado, 5 de setembro de 2009

Julgamento


Um dos exercícios mais praticados pela humanidade é o julgamento. Julgamos o outro, baseados em nosso código de valores, nossas percepções e naquilo que nossa imaginação cria a respeito de cada pessoa com a qual convivemos.

Ocorre que nem sempre esta avaliação se mostra correta e, por essa razão, ao julgar corremos o risco de cometer equívocos e praticar injustiças.

O pior que pode acontecer quando julgamos alguém é, sem dúvida, não levar em conta os sentimentos daquele que estamos criticando.

Por mais que não concordemos com as atitudes de uma pessoa, não podemos nos esquecer de que elas são motivadas, de um modo geral, pelas suas emoções e que agindo de modo rígido e inflexível também estamos nos deixando levar por nosso lado emocional.

Saber reconhecer quando estamos sendo influenciados por nossos conflitos internos no momento em que avaliamos as ações alheias, é o primeiro passo para que possamos abandonar a postura de juízes implacáveis e nos colocar no lugar de quem estamos julgando.

O sistema judiciário se baseia em leis pré-concebidas com o objetivo de garantir a convivência civilizada entre os seres humanos. Mas, fora desta esfera, nas atitudes cotidianas, nos arvoramos muitas vezes no papel de juízes implacáveis daqueles que não se enquadram em nossos hábitos e costumes.

Humildade, sabedoria e a capacidade de aceitar as diferenças de modo tolerante, constituem os melhores instrumentos para que escapemos da armadilha do julgamento.
Por Elisabeth Cavalcante