domingo, 25 de julho de 2010

Melhorar com gentileza


Há poucas situações mais desgastantes e constrangedoras do que viver uma crise de relacionamento. Pode ser com um colega de trabalho, um amigo ou alguém da família. Mas pior ainda é quando a crise cava um abismo entre você e a pessoa que dorme ao seu lado (ou pelo menos deveria dormir).

Quanto mais a sua vida e a sua rotina estiverem envolvidas com a vida e a rotina de outra pessoa, mais desmotivador e estressante se torna qualquer conflito que você tiver com ela. E se esse conflito durar por um tempo razoável, será suficiente para as conseqüências se tornarem físicas.

Cada vez mais, a Organização Mundial da Saúde nos alerta sobre os distúrbios afetivos, tais como ansiedade, depressão, síndrome do pânico, bipolar, TOC, entre outros. Tudo isso, no frigir dos ovos, tem muito a ver com a qualidade das relações que estabelecemos no dia-a-dia, inclusive, no ambiente de trabalho, e com o quanto conseguimos vivenciar de fato sentimentos e emoções como afeto, alegria, perdão e, sobretudo, a troca de gentileza.

Gentileza não é dizer "sim" a tudo e a todos. Não é se sentir feito de bobo, sobrecarregado ou desrespeitado em suas opiniões e em seus limites. Muito pelo contrário! Gentileza tem a ver, antes de mais nada, com aprender a enxergar o outro e a si mesmo, reconhecendo suas qualidades e suas limitações e encontrando maneiras de dar o melhor de si sem precisar chegar à "gota d'água" para só então se colocar e reivindicar seu espaço.

Gentileza tem a ver com criatividade e produtividade. Tem a ver com flexibilidade, inteligência, disposição e amor. Sim, amor! Amor fraternal, daqueles que servem como vitamina para nos capacitar a superar desafios da convivência, diferenças na hierarquia, divergências de personalidade e crenças. Enfim, para conseguirmos mediar os conflitos e chegar a um consenso, sempre que for preciso. E sempre é!

Talvez você esteja acostumado a apostar mais no aumento do tom de voz, na agressividade ou na imposição de suas vontades. Talvez você prefira se manter no estado de irritação e impulsividade, porque isso termina lhe dando a sensação de eficiência e produtividade. Talvez você ainda considere a gentileza como fútil e inútil, como "o comportamento dos idiotas".

Mas não se iluda! Mais cedo ou mais tarde, seu corpo, sua alma e seu coração vão se ressentir e reagir. Sintomas que vão desde sensação de vazio, solidão, angústia e tristeza, passando por insônia, alergias, gastrite nervosa, enxaqueca, dores inexplicáveis, entre outros, farão você perder o melhor da festa!

Há quem diga que age pela emoção quem é ignorante e age pela razão quem é inteligente. Mas são muitos os que, à beira da morte, adorariam poder voltar atrás para viverem suas vidas como ignorantes, mas plenos de felicidade e paz de espírito.

Por fim, ser tratado com gentileza é o desejo de todo ser humano. E para ser um pouco mais gentil e melhorar tudo a sua volta (tudo mesmo!), basta manter-se um pouco mais atento e determinado e começar a substituir velhos e ineficientes hábitos por novos e surpreendentes comportamentos:
- Olhe nos olhos e realmente ouça o que o outro tem a lhe dizer.
- Quando não conseguir dizer nada de bom a alguém, simplesmente mantenha-se calado.
- Quando se sentir irritado, foque sua atenção em si mesmo e pergunte-se: o que realmente importa? O que eu realmente quero dessa situação?
- Procure agir a partir dos seus sentimentos mais verdadeiros e não de emoções enganosas, do ego, tais como raiva, ciúme, inveja, desejo de que o outro pague pelo erro que cometeu.
- Tenha um pouco mais de fé na vida. Isto é, confie que cada um tem o que merece e no momento que merece.
- Por mais que deseje, você não pode controlar o mundo e as pessoas.
- Dê o seu melhor para conseguir o que quer, mas diante da frustração, aceite o que vier e agradeça. Pode acreditar: tudo é exatamente como tem de ser e se você já fez o seu melhor, fique tranqüilo, porque definitivamente, isso é tudo o que pode fazer. O resto é com o Criador!
Por Rosana Braga

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Marcas da Vida



Não existe o esquecimento total: as pegadas impressas na alma são indestrutíveis.(Thomas De Quincey)

Cuida da imagem que você anda deixando por onde passa. Que lembrança você anda gravando nas pessoas?

Você é o símbolo da alegria, da bondade, da esperança ou vive amargurada e passa para todo mundo a dor, a revolta, o desespero, a falta de esperanças?

Por onde você passa você fala de realizações, de boas energias, tem sempre uma boa notícia, uma palavra amiga, um gesto de esperança, ou leva contigo a reclamação, a agonia, o gemido constante, os olhos sempre úmidos de lamentação?

Onde você chega as pessoas se aproximam para cumprimentar e querem abraçá-lo com festa ou se afastam com mil desculpas pela sua negatividade?

Se alguém lhe der um espelho agora, seu rosto vai mostrar a alegria de quem tem a certeza da vitória, ou a tristeza de quem se acostumou com a dor e a derrota?

Seu rosto é a expressão de quem espera alguém ou alguma coisa para ser feliz, ou de quem já vive feliz com o que tem?

Marca a sua caminhada pela Terra com marcas que nunca se apagam, escreve com o coração tudo o que fizer, assim, as dores serão passageiras rápidas na sua vida.

Carrega em você a semente da alegria e distribua para todos que se aproximarem de você, assim nunca lhe faltarão amigos dispostos a dividir o peso da sua jornada.

Conquiste amigos em todos os lugares por onde andar e conquistará um tesouro eterno, que nenhum ouro poderá pagar.

Que a sua marca de vida seja a alegria. Assim, deixarás para sempre, uma lembrança suave de quem será amado para sempre.
Por Paulo Roberto

quarta-feira, 10 de março de 2010

Antes tarde do que nunca


A única maneira de crescer é enfrentando desafios e superando dificuldades. Isso é o que realmente faz bem para sua alma, é o que dá o sentido à sua vida.

Ninguém evolui quando se limita a atuar apenas naquilo de que já tem conhecimento e prática. Tudo o que é corriqueiro não representa um convite à evolução.

Saiba que sempre é tempo para tentar o desconhecido. Sempre é tempo para ir mais além. Sempre há tempo para tornar-se aquilo que você imagina que poderia ter sido.

É como naquela história de uma partida de futebol: o jogo só termina com o apito final do juiz; antes disso, sempre é tempo de seguir em frente e empreender aquela jogada que poderá decidir o jogo a seu favor.

Não importa em que momento da vida você se cansou e parou de acreditar em você mesmo. Entenda e aceite a verdade de que sempre existe uma nova oportunidade de ser feliz e recomeçar a viver.

“Antes tarde do que nunca...”
Por Gilberto Cabeggi

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A Felicidade do outro


Acho que sabemos que amamos verdadeiramente uma pessoa quando a vemos partir, isso nos parte em mil, e ainda assim desejamos que ela seja feliz, mesmo se nossos mil pedaços vagam chorando em cada canto. Só o amor nos torna seres assim tão superiores, capazes de tanta grandeza.

Desejar a felicidade de quem magoou nosso coração não é assim coisa tão fácil. Exige de nós uma força extraordinária. Uma luta se trava em nós: parte nos empurra, nos cega para o bom e abre nosso coração à mágoa e outra parte se enche de ternura com as lembranças do que de bom vivemos. É nosso eu doente e nosso eu são dentro de um mesmo espaço e cada qual tentando falar mais alto. Como desejar a felicidade de quem nos feriu? Como passar por cima? Não somos santos, é o que nos dizemos. Somos feitos de carne, osso, alma e coração. Temos sentimentos... e os bons ficam assim tão miúdos quando os maus aparecem...

Só mesmo um coração maior que nós e nosso eu para vencer uma luta como essa. Só mesmo um amor sem tamanho e uma bondade sem limites.

O amor é uma água bendita! Ele lava as mágoas, ele purifica, deixa branco, sem mácula. Se você for capaz de perdoar a alguém que feriu seu coração e ainda desejar a felicidade dele, saiba que o amor é o dom maior que vive no seu ser e que você é uma pessoa bem-aventurada!

E pessoas bem-aventuradas não só caminham com a felicidade do lado, elas caminham de mãos dadas com ela e vai chegar fatalmente o dia em que essa felicidade vai abraçá-las.
Por Letícia Thompson

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Mudando o Padrão


Uma das maiores dificuldades para o ser humano é viver uma vida em total aceitação. Aceitar os acontecimentos quando eles vão contra nossos desejos e expectativas é algo muito difícil. Entretanto, este é o aprendizado mais essencial, que pode fazer a diferença entre uma vida tranqüila e relaxada e outra, permanentemente dominada pela ansiedade, a frustração e a raiva.

Ninguém fica feliz ao ter a realização de seus desejos contrariada, no entanto, podemos, sim, aprender algo com esta experiência, ainda que seja encarar a realidade de que somos incapazes de ter todas as variáveis da existência sob controle. O ego detesta ser contrariado e, quando isto acontece, geralmente agimos de modo irracional. O que faz a diferença é passar a perceber quando esta reação acontece e como podemos mudar este padrão de comportamento.

Ao invés da raiva, cultivar a aceitação consiste em não perder muito tempo na energia da revolta. Mas, passar, o mais rápido possível, para outro estágio, no qual nos dedicamos a encontrar uma nova maneira de lidar com o fato, percebendo como podemos tirar proveito desta situação, encontrar saídas e alternativas que nos tragam outros aprendizados.

Quanto mais treinarmos e aperfeiçoarmos esta habilidade, aos poucos perceberemos que a aceitação se torna uma reação natural e espontânea, que já não exigirá qualquer esforço de nossa parte. Ao contrário do que muitos imaginam, aceitar não se resume a uma postura passiva e conformada diante da vida, ao contrário, é uma demonstração de inteligência, pois consiste em agir em harmonia com o ritmo da natureza, em vez de desperdiçar tempo tentando alterá-lo ou indo na direção oposta.

Obviamente, este é um aprendizado que não surge da noite para o dia. Exige um estado de atenção permanente ao nosso próprio interior, nossa mente e nossas emoções. Mas, ao exercitar esta mudança, somos surpreendidos pela rapidez com que a nova atitude se consolida, uma vez que nos dediquemos a desenvolvê-la com sinceridade e confiança.
Por Elizabeth Cavalcanti