
Saber se estamos agindo de modo natural, ou seja, sem artifícios, artimanhas ou quaisquer outros recursos, para ganhar a simpatia do mundo, é uma ótima maneira de começarmos a conhecer quem, de fato, somos.
Em cada situação da vida, devemos nos perguntar se aquilo que estamos realizando, nos proporciona alegria, leveza e paz. Se a resposta for afirmativa certamente estaremos sendo naturais, isto é, vivenciando nossa verdade interior mais profunda e não apenas reagindo de modo premeditado, para corresponder às expectativas alheias.
Seguir a própria natureza é um desafio e tanto, visto que a maior parte das pessoas espera de nós um comportamento padrão, que não vá contra a regra vigente.
Suponhamos, por exemplo, que você amanheça um dia sentindo uma alegria enorme, sem uma razão específica, simplesmente baseada no fato de amar a vida e sentir-se feliz por poder desfrutá-la, e resolve expressar esta felicidade sorrindo e cumprimentando todos à sua volta, mesmo aos que não conhece. Certamente você será tachado de maluco.
O fato é que alguém extasiado é visto como anormal, e a felicidade incomoda mais do que o estado de miséria. Aos infelizes todos costumam dar mais atenção, pois este ato, para alguns, traz uma certa satisfação, um orgulho em poder consolar um pobre sofredor.
Os exageradamente felizes, são invejados e, muitas vezes, vistos como alienados, já que quem se acostumou a ser miserável jamais poderá compreender que felicidade não precisa de razões externas, ela está presente o tempo todo dentro de nós.
Encontrar a fonte de onde ela surge é, em síntese, descobrir o segredo que nos tornará de novo, espontâneos e naturais.
Por Elisabeth Cavalcante
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