A maioria dos seres humanos, em algum
momento, vive o dilema entre ser autêntico, expor de modo claro e aberto seus
sentimentos, ou incorporar uma persona, alguém que age de modo a ser aceito e
respeitado pelo restante do mundo.
Esta é uma condição considerada
natural, pois fomos treinados desde muito cedo a mascarar a verdade acerca de
quem somos de fato, para garantir o amor dos demais.
Mas, ao longo da
vida, quando muitos desafios se apresentam, continuar vivendo o falso eu pode se
tornar um enorme fardo. Até que chega um ponto em que o real dentro de nós grita
para ser reconhecido.
Esse grito pode tomar a forma de uma crise de
pânico, uma forte depressão ou até mesmo um surto de loucura, quando todas as
nossas defesas e as couraças, que armamos para ocultar a realidade de nosso ser,
atingem uma dimensão insuportável.
Trazer de volta nosso ser autêntico,
aquele que foi amorosamente criado pelo divino, é um trabalho árduo, que deve
ser empreendido aos poucos, com paciência e dedicação.
Muitas vezes a
mente nos levará a querer desistir e a acreditar que esta é uma tarefa
impossível. Mas, se tivermos a coragem de seguir em frente, apesar do medo, a
existência amorosamente nos trará a ajuda e o apoio de que
necessitarmos.
Ela sempre responde ao chamado daqueles que buscam, acima
de tudo, a verdade. O grande segredo é confiar e entregar-se sem resistência a
este objetivo.
Esta é a atitude que faz a diferença entre os que
alcançaram a paz e a felicidade permanentes e os que ainda se encontram perdidos
na escuridão de uma vida inconsciente.
Por Elisabeth Cavalcante
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